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quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

MAU HUMOR É CONTAGIOSO ?

Mau humor é contagioso?

Tendência inconsciente a imitar estado de espírito alheio pode interferir em nossas emoções




Mau humor é contagioso?

Ksusha Dusmikeeva/Shutterstock
Gary W. Lewandowski, Jr., professor associado de psicologia da Monmouth University responde: quando vemos alguém tossindo, instintivamente sabemos que devemos nos afastar de seus germes. Mas ao observamos uma pessoa irritada ou reclamando, a atitude a ser tomada é menos óbvia. Estudos sugerem, porém, que contrair o humor de outras pessoas pode ser tão fácil quanto se contaminar com seus germes.

Psicólogos chamam esse fenômeno de contágio emocional, um processo de três passos em que os sentimentos de uma pessoa se transferem para outra. O primeiro estágio envolve uma mímica inconsciente, durante a qual sutilmente copiamos os sinais não verbais uns dos outros, incluindo postura, expressões faciais e movimentos. Na verdade, ver-me com uma expressão triste faz você imitá-la. Então as pessoas podem experimentar uma fase de feedback: como você imitou minha expressão triste, agora se sente triste. Durante a última fase de contágio as pessoas compartilham experiências até que suas emoções e comportamentos estejam sincronizados. Assim, quando encontramos um colega de trabalho em um dia ruim, podemos inconscientemente adquirir os comportamentos não verbais dele e começarmos a entrar em um estado infeliz. A mímica, porém, não é completamente ruim; uma pessoa também pode adotar o bom humor de outra, o que pode melhorar relacionamentos.

Ainda que a mímica geralmente ocorra sem que tenhamos consciência dela, às vezes podemos observá-la. Digamos que você vê alguém bocejar do outro lado do trem. Geralmente você não consegue evitar bocejar também. Pesquisas sugerem que esse tipo de mímica é mais comum quando a pessoa que bocejou é próxima de nós, como um membro da família, um bom amigo ou um parceiro romântico. Outro estudo revelou que a mímica inconsciente, também chamada de efeito camaleão, ocorre mais frequentemente em pessoas mais empáticas.

A natureza contagiosa das emoções pode se amplificar quando indivíduos estão em contato frequente um com o outro. Em um estudo, os estudiosos de relacionamento Lisa A. Neff, da University of Texas, em Austin, e Benjamin R. Karney, da University of California, em Los Angeles, examinaram mais de 150 casais por três anos para determinar como o estresse de um dos parceiros influenciava o outro e a qualidade geral do casamento. Eles descobriram que as mulheres não eram significativamente afetadas. Já os maridos, porém, experimentavam uma satisfação mais baixa quando suas esposas relatavam estresse elevado. E mais importante ainda: a troca emocional era mais pronunciada quando as pessoas se engajavam em práticas de resolução de conflito, como rejeitar ou criticar o parceiro.

FONTE: http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/mau_humor_e_contagioso_.html



Mau humor no trabalho é contagioso 
Cara feia contamina o ambiente e prejudica ascensão; profissional deve se avaliar


Alguns profissionais têm a síndrome do Lula Molusco, o personagem mal-humorado do desenho do Bob Esponja. Em certos momentos do dia, até parecem que são o personagem Zangado, do clássico infantil Branca de Neve e os Sete Anões. 

A impressão que esses profissionais passam é a de que estão sempre de mal com a vida. E, claro, ninguém gosta de ser atendido por uma pessoa assim, tão negativa. A cara feia afasta quem está por perto. E o que é pior: tais pessoas chegam a contaminar o ambiente de trabalho.

Como o ser humano é cheio de altos e baixos, todos devem monitorar seus comportamentos, para evitar o azedume. Por sinal, esse mau humor todo pode até mesmo atrapalhar a ascensão na carreira. A boa notícia é que todos podem deixar de ser ranzinzas. 

Quem é que não gosta de trabalhar num ambiente alto astral? Até parece que, assim, as pessoas atraem energia positiva para si e para a corporação. E as dicas, quem dão, são especialistas em recursos humanos. 

Com 20 anos de experiência, a mestre em engenharia de produção Eni Santos mostra o caminho das pedras para quem quer deixar de ser rabugento. Pós-graduada em marketing, administradora e coach credenciada pela Integrated Coaching Institute, Eni disse que o “zangado corporativo” é um profissional nocivo às empresas, aos colegas de trabalho e a si próprio. 

“Ele negativa o ambiente e fragiliza a efetividade da equipe com falas como: ‘isso não vai dar certo’, ‘essa meta é absurda’ e ‘aqui só têm incompetentes’. Se o ranzinza estiver posicionado em um cargo de comando ou no atendimento ao cliente, os prejuízos ganham proporções exponenciais”, afirmou a consultora de carreiras.

E este tipo de comportamento pessimista interfere diretamente na carreira. É o que aponta a professora de Gestão de Pessoas da IBE-FGV, Eline Rasera. “Prejudica e muito. Atualmente, o profissional precisa ser uma pessoa dinâmica, que se relaciona bem com todas as áreas. Alguém mal-humorado não consegue trabalhar assim, pois vive em conflitos com as pessoas. Há duas competências fundamentais no profissional de hoje: o relacionamento interpessoal e o intrapessoal. Ele precisa ter um bom relacionamento consigo, a ponto de se conhecer, e com as outras pessoas, para entendê-las. Quanto mais essas características estiverem presentes, mais chance a pessoa terá de sucesso”, disse Eline. 

DANOS — E esses danos ao “resmungão” vão desde ser preterido a cargos de maior responsabilidade e complexidade, ter a carreira estagnada, até a dificuldade de ser recolocado no mercado de trabalho. Sem falar nas implicações na saúde, informou Eni Santos. 

Mas como afastar o mau humor no ambiente de trabalho e comprometer-se mais com a trajetória profissional? A consultora aponta sete dicas importantes para o sucesso nessa tarefa. Segundo Eline Rasera, uma das metodologias utilizadas neste processo é o coaching. Esta ferramenta ajuda, por meio de exercícios, a pessoa que tem dificuldade em lidar com seu humor.

O processo auxilia a pessoa na mudança do padrão mental. Ele mostra um novo comportamento à pessoa. “Contudo, o processo só funciona se houver vontade de mudança. Este é o primeiro passo para que a pessoa consiga evoluir e ver a situação de uma forma diferente”, disse Eline. 

Os ranzinzas também contaminam o meio em que trabalham. E as pessoas precisam saber lidar com esses ‘Zangados’.

“As pessoas precisam entender que o mau humor tem um motivo ou mais, e eles podem ser diversos: problemas com a família, insatisfação no trabalho, na vida etc. Essa atitude é uma forma de reagir a essa insatisfação, vendo o mundo como um lugar hostil, triste. É uma defesa inconsciente. A pessoa não percebe que está levando a vida dessa maneira. O mínimo que pode ser feito é tentar conviver com isso. É preciso ter a capacidade de conviver com as adversidades. Você não vai pedir a conta porque seu chefe é mal-humorado. Siga seu caminho. Faça seu trabalho e procure pensar que essa pessoa não está bem. Por trás desse mau humor deve existir algum problema”, relatou Eline.

Cada um também tem de saber qual marca quer deixar no mundo. Eni disse que no mundo corporativo todo profissional possui uma marca pessoal, que é traduzida pelo desempenho, resultados e atitudes. “Portanto, é melhor deixar que o Zangado seja apenas uma lembrança de infância, um gracioso personagem de uma história infantil, e dizer adeus à cara feia”, relatou Eni. 

Dicas de Eni Santos para evitar o mau humor no mundo corporativo

1. Faça uma autoavaliação e fique atento ao seu comportamento. Todos nós, eventualmente, podemos estar sujeitos ao mau humor. Entretanto, merece atenção se ele for algo frequente em seu cotidiano;

2. Busque o autoconhecimento. Detecte os gatilhos do mau humor, avalie-os e aja sobre eles, afastando-os; 

3. Pratique a gratidão. As pessoas que a exercitam têm maior habilidade para enxergar uma mesma situação por outra perspectiva;

4. Examine seu dia a dia profissional. No seu trabalho, a quantidade de atividades que você gosta de fazer deve ser maior do que aquelas que você julga menos prazerosas. Isso tem acontecido? 

5. Exercite o domínio próprio. Acredite, você pode escolher suas reações diante de adversidades e valorizar ou não situações ruins!

6. Desenvolva a resiliência. Não se deixe perturbar e nem se atenha mais do que o tempo suficiente a circunstâncias desgastantes;

7. Administre sua vida. Seja organizado e possua planos “B”.

FONTE:http://m.jornaldepiracicaba.com.br/mobile/noticia.php?id=6638

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