Sinais de demissão
Por Vicky Bloch
O motivo que mais leva as pessoas a perderem o emprego já não é mais o desempenho ou incompatibilidade com o chefe. Hoje, muito mais gente é demitida por conta de reestruturações, fusões e aquisições de empresas. Mas quando estas precisam enxugar seus quadros, claro que o histórico de cada funcionário conta na decisão.
Alguns sinais podem mostrar se você está correndo este risco. E servem como alerta para uma mudança de atitude na mesma organização, se ainda houver tempo para reagir, ou em outra, com base no que aprendeu.
Se você era freqüentemente chamado para reuniões e, de repente, passa a ser esquecido, cuidado!
Se a secretária do seu chefe costumava recebê-lo com sorrisos e, sem mais nem menos, se comporta de outra maneira, atenção!
Se seus colegas de trabalho – com o mesmo tempo de casa que você – estão sendo promovidos, e só as suas funções continuam as mesmas, abra os olhos!
Situações assim devem ser vistas como um sinal amarelo. Ou seja, se percebidas a tempo, você ainda pode evitar o pior.
O fundamental neste momento é despertar para uma auto-avaliação, algo que todo mundo deveria fazer de tempos em tempos. Um exercício que, provavelmente, não fazia parte da rotina deste profissional que agora começa a se perceber deslocado.
Aqueles que estão há muito tempo na mesma empresa ou estão com mais de 45 ou 50 anos podem achar que estão sendo deixados de lado porque o tempo deles já passou. Não se deixe enganar: idade não é mais fator de risco ao emprego. O que depõe contra o profissional é estar desatualizado, desmotivado, descomprometido com a empresa e incapaz de interagir com os colegas.
Quando uma demissão é decidida pelos superiores, dificilmente será revertida. Mas quem está atento e nota os sinais de insatisfação logo no início, ainda pode dar a volta por cima.
Tome a iniciativa de conversar com o chefe sobre o seu desempenho. Assim, você fica sabendo quais expectativas dele não conseguiu realizar e pode até negociar um prazo para mostrar sua capacidade. A não ser que você discorde do rumo que ele deseja. Neste caso, sua alternativa é encontrar outro lugar na mesma empresa onde possa fazer o que gosta. Estará sendo sincero com seu chefe, que pode, inclusive, ajudá-lo nesta transferência.
No entanto, sua realização profissional também pode estar em outra empresa, em outra área, em outro setor ou até em outra profissão. Por isso, é muito importante que todos tenham um plano de carreira. Nada que exija grandes estratégias ou tempo de sobra. Bastam alguns momentos de reflexão, uma vez por ano, e algumas anotações sobre o que você quer para sua vida, quais os seus sonhos, metas e o que tem feito para alcançá-las. No ano seguinte, faça um balanço entre o que se propôs e o que efetivamente executou.
Guie a sua carreira conforme os seus desejos, antes que outros a direcionem conforme os interesses deles. Sucesso!
FONTE: http://www.dicasprofissionais.com.br/sinais-de-demissao/
Dez sinais de que você pode ser o próximo demitido
Depois de mudanças corporativas, problemas de relacionamento lideram a lista de razões para demissões.
São Paulo - Por mais repentino que pareça, o processo de demissão sempre é anterior à cortante frase "não precisamos mais dos seus serviços". Os convites para reuniões ou tomadas importantes de decisão cessam e a pressão e os desentendimentos aumentam. É um período tenso. E as consultorias de recursos humanos não poderiam ser mais certeiras ao definir boa parte desses casos como o tempo da "fritura".
"É quando você começa a sentir fumaça. Acontecem situações que levam a pessoa para a marca do pênalti", diz José Augusto Minarelli, presidente da consultoria de outplacement Lens&Miranelli. "Trata-se de um processo lento de queimar o profissional para descartá-lo do grupo". O peso desse processo, contudo, não é regra para todas as companhias. Mesmo assim, "o chefe irá deixar transparecer alguns sinais", diz Iaci Rios, consultora da DBM.
Evidentemente, não está nos planos de nenhum profissional encarar este cenário. Apesar do tom sombrio, é preciso lembrar que todos estão sujeitos a isso. Para não ser pego de surpresa, o conselho dos especialistas é ficar atento aos sinais. Reconhecer as evidências de que seus dias na empresa podem estar contados pode ser a primeira estratégia para salvar o emprego ou dar uma guinada de mestre na sua carreira.
1. A companhia foi ou será vendida
Se a empresa está sendo vendida ou passou por um processo de fusão, fique atento. Este pode ser o primeiro indício de que seu emprego está em risco. De acordo com Minarelli, mudanças corporativas como estas estão por traz de boa parte das demissões de executivos brasileiros. "O vendedor, geralmente, enxuga as estruturas para tornar a companhia mais leve e atraente para o comprador", diz. Quando duas empresas se unem, por sua vez, é comum que algumas vagas sejam suprimidas. "Neste caso, é importante atentar se há duplicidade de cargos", afirma o presidente. "Se seu histórico dentro da empresa for bom, os riscos são menores", afirma Iaci.
"É quando você começa a sentir fumaça. Acontecem situações que levam a pessoa para a marca do pênalti", diz José Augusto Minarelli, presidente da consultoria de outplacement Lens&Miranelli. "Trata-se de um processo lento de queimar o profissional para descartá-lo do grupo". O peso desse processo, contudo, não é regra para todas as companhias. Mesmo assim, "o chefe irá deixar transparecer alguns sinais", diz Iaci Rios, consultora da DBM.
Evidentemente, não está nos planos de nenhum profissional encarar este cenário. Apesar do tom sombrio, é preciso lembrar que todos estão sujeitos a isso. Para não ser pego de surpresa, o conselho dos especialistas é ficar atento aos sinais. Reconhecer as evidências de que seus dias na empresa podem estar contados pode ser a primeira estratégia para salvar o emprego ou dar uma guinada de mestre na sua carreira.
1. A companhia foi ou será vendida
Se a empresa está sendo vendida ou passou por um processo de fusão, fique atento. Este pode ser o primeiro indício de que seu emprego está em risco. De acordo com Minarelli, mudanças corporativas como estas estão por traz de boa parte das demissões de executivos brasileiros. "O vendedor, geralmente, enxuga as estruturas para tornar a companhia mais leve e atraente para o comprador", diz. Quando duas empresas se unem, por sua vez, é comum que algumas vagas sejam suprimidas. "Neste caso, é importante atentar se há duplicidade de cargos", afirma o presidente. "Se seu histórico dentro da empresa for bom, os riscos são menores", afirma Iaci.
2. Problemas financeiros
O tempo de vacas magras dentro das companhias é outro fator crítico para o desligamento de funcionários. O fim do contrato com um cliente importante ou a diminuição dos lucros, por exemplo, demanda uma atenção redobrada com a carreira. Cortes de pessoal ficam mais comuns em períodos de crise. Se o rombo nas contas for muito grande, pesa sempre o custo-benefício. E a equação algumas vezes é perversa: se é possível pagar menos pelo mesmo tipo de serviço, recorre-se ao valor mais em conta.
3. Conflitos de relacionamento
Iaci, da DBM, calcula que, depois de questões ligadas às mudanças na estrutura corporativa, mais da metade dos casos de demissão assistidos pela consultoria têm relação com algum problema de relacionamento. "Acaba a química", diz. Isso não significa, contudo, que qualquer desentendimento esporádico já é motivo para ficar de cabelo em pé. A "falta de química" só pode ser notada ao longo do tempo. "As companhias desejam uma atitude positiva, colaborativa do funcionário. Se a pessoa é do contra, só faz o que é de sua responsabilidade e fermenta um mal-estar na equipe, é um forte candidato para ser demitido", afirma Minarelli.
4. Não cumpre as metas
Outro fator que pode acabar com uma história de amor entre empresa e funcionário é quando esse não consegue atingir as expectativas da companhia por meses consecutivos. As avaliações de desempenho, feitas, geralmente, a cada quatro meses, são bons indicativos disso. De acordo com Minarelli, se por duas ou três vezes você não entregou os resultados previstos, prepare-se para alguma punição.
5. Pressão dos superiores
A atitude do chefe sempre é um ótimo termômetro para avaliar o quanto seu emprego está em risco. Quando as broncas e a pressão sobre seu trabalho aumentam, é sinal de que, por alguma razão, seus serviços ou perfil já não são mais coerentes com as expectativas da empresa. "Geralmente, a chefia opta por pressionar o funcionário para que ele saia espontaneamente", diz Minarelli.
O tempo de vacas magras dentro das companhias é outro fator crítico para o desligamento de funcionários. O fim do contrato com um cliente importante ou a diminuição dos lucros, por exemplo, demanda uma atenção redobrada com a carreira. Cortes de pessoal ficam mais comuns em períodos de crise. Se o rombo nas contas for muito grande, pesa sempre o custo-benefício. E a equação algumas vezes é perversa: se é possível pagar menos pelo mesmo tipo de serviço, recorre-se ao valor mais em conta.
3. Conflitos de relacionamento
Iaci, da DBM, calcula que, depois de questões ligadas às mudanças na estrutura corporativa, mais da metade dos casos de demissão assistidos pela consultoria têm relação com algum problema de relacionamento. "Acaba a química", diz. Isso não significa, contudo, que qualquer desentendimento esporádico já é motivo para ficar de cabelo em pé. A "falta de química" só pode ser notada ao longo do tempo. "As companhias desejam uma atitude positiva, colaborativa do funcionário. Se a pessoa é do contra, só faz o que é de sua responsabilidade e fermenta um mal-estar na equipe, é um forte candidato para ser demitido", afirma Minarelli.
4. Não cumpre as metas
Outro fator que pode acabar com uma história de amor entre empresa e funcionário é quando esse não consegue atingir as expectativas da companhia por meses consecutivos. As avaliações de desempenho, feitas, geralmente, a cada quatro meses, são bons indicativos disso. De acordo com Minarelli, se por duas ou três vezes você não entregou os resultados previstos, prepare-se para alguma punição.
5. Pressão dos superiores
A atitude do chefe sempre é um ótimo termômetro para avaliar o quanto seu emprego está em risco. Quando as broncas e a pressão sobre seu trabalho aumentam, é sinal de que, por alguma razão, seus serviços ou perfil já não são mais coerentes com as expectativas da empresa. "Geralmente, a chefia opta por pressionar o funcionário para que ele saia espontaneamente", diz Minarelli.
6. Desrespeito à hierarquia
Se seus superiores começam a dar ordens diretamente para seus subordinados (sem conversar com você antes), previna-se. O tempo de fritura pode ter alcançado sua carreira. Há grandes chances de que sua autoridade já não seja mais reconhecida dentro da corporação.
7. Foi para o escanteio
Não foi chamado para uma reunião? Suas opiniões não são ouvidas? Cuidado. Você pode já estar esquentando o banco de reservas. "Ser convocado para participar, significa estar dentro. Parar de ser chamado para decisões que antes faziam parte da sua rotina é sinal de que está sendo deixado de escanteio ou já está fora da jogo", afirma Miranelli.
8. Menos projetos
A redução de atribuições dentro da companhia também pode ser um vestígio de que seus serviços já não são úteis para a empresa. O cenário é clássico. Aos poucos, os projetos que estavam sob sua responsabilidade são transferidos para outros funcionários, seus subalternos são requisitados para outras áreas ou você é enviado para algum projeto especial de curta duração.
9. Relações antiéticas
Ferir o código de conduta da empresa ou se envolver em questões antiéticas é um passaporte certeiro para ser eliminado do quadro de funcionários. Se seu escorregão foi digno de um escândalo dentro da corporação, é bom se preparar para o pior.
10. Cursos cancelados
Um indicativo claro de que a companhia não aposta mais em sua carreira é quando você não é mais foco dos investimentos em cursos de qualificação profissional. Se sua certificação foi cancelada ou você foi o único do setor a não ser convocado para algum treinamento, há boas razões para cultivar uma pulga atrás da orelha.
Se seus superiores começam a dar ordens diretamente para seus subordinados (sem conversar com você antes), previna-se. O tempo de fritura pode ter alcançado sua carreira. Há grandes chances de que sua autoridade já não seja mais reconhecida dentro da corporação.
7. Foi para o escanteio
Não foi chamado para uma reunião? Suas opiniões não são ouvidas? Cuidado. Você pode já estar esquentando o banco de reservas. "Ser convocado para participar, significa estar dentro. Parar de ser chamado para decisões que antes faziam parte da sua rotina é sinal de que está sendo deixado de escanteio ou já está fora da jogo", afirma Miranelli.
8. Menos projetos
A redução de atribuições dentro da companhia também pode ser um vestígio de que seus serviços já não são úteis para a empresa. O cenário é clássico. Aos poucos, os projetos que estavam sob sua responsabilidade são transferidos para outros funcionários, seus subalternos são requisitados para outras áreas ou você é enviado para algum projeto especial de curta duração.
9. Relações antiéticas
Ferir o código de conduta da empresa ou se envolver em questões antiéticas é um passaporte certeiro para ser eliminado do quadro de funcionários. Se seu escorregão foi digno de um escândalo dentro da corporação, é bom se preparar para o pior.
10. Cursos cancelados
Um indicativo claro de que a companhia não aposta mais em sua carreira é quando você não é mais foco dos investimentos em cursos de qualificação profissional. Se sua certificação foi cancelada ou você foi o único do setor a não ser convocado para algum treinamento, há boas razões para cultivar uma pulga atrás da orelha.
FONTE: http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/dez-sinais-voce-pode-ser-proximo-demitido-557993
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