Em vida

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NO FINAL TUDO DÁ CERTO

sábado, 14 de junho de 2014

NÃO SE SABOTE NO TRABALHO

                         Mudar nosso modelo mental é o primeiro passo para                          fugir das armadilhas que  montamos contra nossa                              própria carreira
                Por Cynthia de Almeida


Acredite, nosso potencial autodestrutivo no trabalho é mais perigoso do
que um chefe tirano ou um colega competitivo. Até porque, por pior que sejam seus algozes, eles só terão poder sobre você com a sua permissão. Ou submissão. Evitar as próprias armadilhas não é fácil. Exige, primeiro, autoconhecimento para, em seguida, adotar uma nova atitude. Ou, como diz o mais inspirado e inspirador consultor que eu tive o prazer de conhecer, Oscar Motomura, mudar nosso modelo mental.

1. Falar demais: de si própria (péssimo) ou dos outros (inaceitável). A primeira, porque pessoas que só se encantam com o som da própria voz podem até parecer articuladas e divertidas em um primeiro momento. Mas vão soar ridículas na segunda, insuportáveis na terceira. Dificilmente encontrarão ouvidos disponíveis para a quarta vez. Falar dos outros? Esqueça, nem com a manicure.

2. Ser inconveniente: interromper uma reunião, entrar em uma sala sem ser convidada, fazer comentários pessoais fora de contexto. Tudo isso rende, no melhor dos casos, a compaixão alheia. No pior, a rejeição geral.

3. Ser arrogante. Um colega jornalista, o Humberto Werneck, cunho
u uma expressão impagável para um tipo facilmente reconhecível em qualquer ambiente de trabalho. É aquele ou aquela que tem a 'vertigem de sobreloja'. Ou seja, olha para o mundo da cobertura, mesmo que sua estatura não alcance o primeiro andar...

4. Achar que seus defeitos são qualidades. Sabe aquela pessoa que 'reconhece' ser franca demais? Na verdade ela sente o maior orgulho em falar tudo o que passa por sua cabeça sem se preocupar com as conseqüências políticas ou humanas de suas manifestações 'sinceras'. Fora. Esse péssimo hábito de expressar qualquer patetice está entre a inconveniência e a arrogância e pode ser mais letal do que ambas.

5.Não aceitar um 'não'. Outra característica que costuma ser brandida pelo praticante como bandeira de perseverança e tenacidade. Qual o quê. Na maior parte das vezes, não saber ouvir um 'não' é só ser teimosa, difícil, chata.

6. Não saber ouvir. Da mesma natureza autocentrada do que fala demais e não aceita um 'não', quem não ouve não chega a lugar nenhum. Mesmo que tenhamos de aprender a fina arte de filtrar bobagens alheias, se nos fizermos de surdas perderemos toda a capacidade de trabalhar em equipe, de liderar, inspirar e aprender.
7. Ter medo de aprender coisas novas e, portanto, valorizar 'o que eu já sei'. Prova que não sabe nada. E tem inveja de quem sabe.

8. Temer confrontos. É muito difícil encarar as dificuldades de relacionamento, falar francamente, desagradar ao interlocutor. Mas é melhor do que fingir que o problema não existe por pura preguiça de uma discussão desagradável.

9. Procrastinar. A palavra é tão feia quanto seu significado: adiar, empurrar com a barriga. Saber que precisa tomar uma providência e deixar para depois. Depois é tarde e você já perdeu a oportunidade. Faça hoje.

10. Não saber perdoar. Quem não aprende a perdoar o outro dificilmente perdoará a si próprio pelos muitos erros que cometemos e temos o direito e a obrigação de reconhecer. E superar.

11. Perder a oportunidade. De ficar quieto, de manifestar-se, de aceitar a oferta de um novo emprego e encarar um desafio. Reconhecer o timing perfeito, na conversa ou na vida, define o caráter e, na maioria das vezes, o nosso destino na carreira.


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